16/12/2011

Opinião... 2


Naturismo – Uma filosofia de vida, plena de valores humanos!

Num tempo e num mundo onde cada vez mais a violência sob as mais diversas roupagens - em lugares, ocasiões e oportunidades - toma conta da maneira de estar do Homem, o Naturismo, como filosofia e prática de vida em comum com o universo que nos rodeia, parece constituir um oásis de bem estar e de felicidade que urge preservar, divulgar e incentivar.

A comunhão dos valores tradicionais do Humanismo com o sentido da preservação do meio ambiente natural e da saúde física e psíquica, faz do Naturismo uma prática de vida plena de valores, contrastando com o deserto  agreste em que se vem transformando o mundo em que vivemos.

“Todos os Homens nascem Livres e Iguais” – Artº 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Para o Naturista não só os homens nascem livres e iguais, como assim devem continuar a viver porque os valores da Liberdade e da Igualdade são pilares fundamentais da sua filosofia.

Desde logo, o Naturista é um ser profundamente livre. Livre de preconceitos hipócritas que acorrentam o ser humano a posturas anti-naturais, geradoras de desvios capazes de lhe moldar um futuro cheio de escolhos deformadores da vida em que o receio, enquanto sentimento aterrador se defende com todas as formas de violência.

A Liberdade no Naturista assume toda a sua plenitude que, por ser física e psíquica é a simbiose perfeita que lhe proporciona todo o bem estar, toda a harmonia que o leva ao são relacionamento com os outros e com a Natureza.
A Igualdade no Naturista começa na aceitação de si mesmo (e dos outros) tal como nasceu, tal como é e tal como se vai transformando ao longo do seu ciclo de vida. Essa assunção da vida é naturalmente transportada para a sua visão do Mundo, daí resultando o seu são relacionamento com os outros e o meio ambiente. Despido de roupagens, o Naturista é igual a si mesmo, igual aos outros, respeitando a igualdade de oportunidades de vida para todos os seres que constituem o universo que os rodeia.

Neste enquadramento, o sentido da fraternidade e da solidariedade floresce naturalmente, transformando o Naturista num ser em que a convivência com os outros é fraterna e solidária. Fraterna porque desde logo respeitadora. Solidária porque partilha sentidamente os grandes valores do Naturismo.

A Paz constitui outro valor essencial para o Naturista. Ela começa afinal dentro de si e reflecte-se em todos os seus actos, quer no seu relacionamento humano, quer com a Natureza. A harmonia que sente física e psiquicamente molda a sua atitude, tornando-o num ser profundamente pacífico.

A Procteção do Meio Ambiente Natural constitui uma divisa fundamental no Naturista. Ele sabe que o equilíbrio ecológico constitui condição de Mais Vida e Melhor Vida. Só uma natureza harmoniosa lhe proporciona o bem estar. O desenvolvimento para o Naturista não é um fim a alcançar sem princípios, bem pelo contrário – ele deverá ser feito de forma sustentada ao serviço do Homem, sem prejuízo da manutenção do equilíbrio natural fundamental para a vida de todos os seres que com ele partilham o mundo em que vive.
Todos estes valores se acentuam e purificam no Naturista, resultado da sua nudez física e psíquica. Através delas o Naturista capta as forças vitais existentes na Natureza que, de forma determinante contribuem para a sua felicidade.

 O Naturista não vive os “tormentos” relacionados com o exibicionismo têxtil e a obcessão sexista. Com a sua nudez psíquica o Naturista não diferencia o seu próximo por aquilo que veste, nem vê no sexo uma finalidade do seu relacionamento. O Naturista ama a vida e a sua nudez plena partilhada colectivamente, influencia de forma sã e positiva a sua postura sexual. Ele encara o sexo de forma natural e pratica-o de forma saudável com  a(o) sua(eu) companheira(o) de forma a que lhes proporcione partilhadamente prazer, do qual retiram assim todo o benefício da harmonia resultante dessa comunhão.

A sensualidade no Naturista reside no aproveitamento integral das sensações resultantes do seu contacto físico com toda a Natureza, absorvendo assim todo o estímulo positivo que os seus elementos transmitem e que são geradores de todo o bem estar.                                         

Para o Naturista o Nú não é um fim em si mesmo, mas antes o meio pelo qual alcança a harmonia psíquica e a captação física da força vital que emana da Natureza e não pode por isso ser confundido com ausência de decoro sexual.
Como escreveu o Papa João Paulo II (ainda então Bispo de Cracóvia – em “Love and Responsability”*) “O decoro sexual não pode, de nenhuma forma, ser associado ao uso de vestuário, nem a vergonha com a ausência de roupa e a total ou parcial nudez...A nudez como tal não deve ser equiparada ao descaramento físico. A ausência de decoro existe  a penas quando a nudez desempenha um papel negativo no que respeita ao valor da pessoa, quando o seu propósito é o de resultar em apetite sexual, no qual a pessoa é colocada na posição de objecto de prazer.”

Assim, também o Naturista repudia todas as formas de exibição e sujeição do corpo humano para fins de exploração comercial e física incluindo naturalmente a sexual.

Para o Naturista, a contemplação da nudez permite antes compreender a verdade humana na sua plenitude, na sua beleza e sobretudo na sua dignidade.

*tradução de H.T.Willets – Farrar, Strauss & Giroux, N.Y. 1981, (pag. 190).

Publicado originalmente no "O Natural" Nº 5
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